"As incríveis histórias de superação
dos atletas mais humildes do Brasil, os sem apoio, desassistidos e
desprestigiados fazem mais e vão além, superando as limitações da
vida - e àqueles mais bem patrocinados e paparicados da mídia"
Por: Mendes Junior
O Patriota!
A olimpíada no Brasil tem mostrado ao país e
sociedade, que os atletas menos prestigiadas pelo comitê olímpico
brasileiro e pelas federações e secretarias de esportes dos seus
estados e pelo próprio ministério dos esportes, sem os holofotes da
grande mídia, e ainda, com as histórias de vida mais difíceis:
sofrimento, abandono, falta de apoio e patrocínio - são eles que
têm alcançado as maiores glórias e chegado ao ponto mais alto do Olimpo; e alegrado a torcida brasileira, têm dado um alento a um povo
tão sofrido, massacrado e desrespeitado pelos seus governantes.
Ontem, a história não foi diferente com o baiano Robson Conceição, que treina em uma academia de equipamentos
improvisados e ultrapassados, e com a mínima estrutura possível,
chega a ser absurdamente vergonhoso - o que demonstra o total
desrespeito dos nossos governantes para com o desporto nacional.
Os
atletas do boxe e próprio boxe brasileiro é talvez um
dos
esportes
mais desassistidos e
carentes de apoio e patrocínio,
os grandes nomes que surgiram de lá, e
tudo que conquistaram, conquistaram
muito mais pelo que fizeram pelo Brasil, e não, porque o Brasil
tenha feito algo de significativo para ajudá-los. Robson
vem da escola baiana de boxe - o estado é um celeiro de bons e
grandes
lutadores como,
Reginaldo
Holyfield
e Acelino
Popó Freitas, o mais vencedor deles e mundialmente conhecido detentor de
quatro títulos mundiais.
No Brasil, não há um comprometimento das
nossas autoridades em fazer um trabalho sério, digno e de
valorização ao esporte; - infelizmente essa é realidade. Os poucos
que conseguem algum apoio e êxito contam com a sorte; – e aqueles
que privilegiados com os maiores apoios, são os que tem alguma ligação, uma
relação mais próxima a alguém que é amigo do amigo ou filho do
amigo, que é ligado ou conhecido de alguém em alguma secretaria,
comitê ou ministério. Observa-se que os atletas e as equipes
da delegação brasileira mais assistidos por esse tipo de prática
acima citada, e nos quais, os holofotes da mídia são direcionados e
os super evidenciam, fazem uma supervalorização, acabam decepcionando; - e os resultados daqueles que têm conquistado o
ouro, parece dar uma punição aos privilegiados e a seus (privilegiadores), como que, mandado um recado – nós também
existimos, também precisamos de apoio, e até sem devido apoio,
fomos e somos capazes de conquistar.
É condição indispensável evidenciar aqui,
que há muitos outros Robson`s, Tihago`s, Rafaela`s em muitos outros
esportes espalhados pelo Brasil - esperando serem vistos e apoiados.
São atletas talentosos e potenciais medalhistas que persistem em
treinar - sem luvas, sem sapatilhas, sem varas, sem quimonos, sem
chuteiras, sem pistas, sem piscinas, sem quadras, sem academias, sem
nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos -
e por aí vai. Mas, essa situação vexatória pode ser mudada, e
pode ser iniciada em cada um dos estados do Brasil, na pessoa de cada
governante, que indique e nomeie secretários comprometidos com
pessoas, com a sociedade - e que de fato, amem o esporte e/ou sejam do
esporte.
O que vimos nas olimpíadas do Rio, com todo
respeito ao atleta que é Michael Phelps; - é que a imprensa
brasileira resolveu pegar carona em cima dos feitos e da glória do
nadador americano, uma bajulação declarada e até excessiva, sobram
elogios a ele, mas faltaram críticas contundentes e devidas aos
governantes brasileiros pela falta de apoio e investimento, por falta
de um política seria em relação ao desporto – e não só no
desporto, mas em todas as áreas que dizem respeito aos direitos essenciais do cidadão e da sociedade brasileira como um todo, os
quais estão muito a quem de serem respeitados, coisa que acontece
nos Estados Unidos.
Quero dizer que o Michael Phelps é um mérito
dos Estados Unidos, dos americanos, eles colhem o que plantam,
investem nos seus talentos, lá eles tem a cultura de caçar
talentos. Lá, quem é bom no que faz não precisa pedir esmola e
ficar batendo nas portas de secretarias, repartições do estado e/ou
empresas para mendigar apoio. Lá, eles não são tratados como
alguém sem futuro; - e por isso, que o cidadão norte-americano é
respeitado no mundo pelo que faz em todas as áreas, do esporte aos
negócios, do entretenimento ao trabalho; não é à toa ou por acaso
que eles são potencia mundial.
Um bom começo para os dirigentes e governantes
brasileiros, é tomar como exemplo, os Estados Unidos. -A lição foi
dada por apenas um deles em "nossa casa", o qual, sozinho
já acumula mais medalhas de ouro que o nosso país.
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