Tomar TV News (compartilhamento)
Os procuradores irão se dividir em equipes para formalizar no papel e em
vídeo os termos de delação dos executivos, incluindo o presidente afastado
Marcelo Bahia Odebrecht e seu pai Emílio. O trabalho deve começar nesta
sexta-feira. Os depoimentos foram definidos nove meses depois do início das
negociações, e os executivos devem ser ouvidos em pelo menos cinco estados
diferentes. A pulverização em diversos estados tem como objetivo agilizar o
processo. No entanto, por envolver dezenas de pessoas, as oitivas não serão
centralizadas na PGR e deverão acontecer também em outras cidades, como em São
Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo fontes da Odebrecht que
pediram para não serem identificadas, após a Lava Jato descobrir que na empresa
havia um departamento destinado à contabilidade da propina, Emílio procurou os
integrantes da força-tarefa com a proposta de entregar aos procuradores o que
ele chamou de "colaboração definitiva" da empresa. A força-tarefa se
subdividirá em equipes de procuradores da Procuradoria-geral da República, que
é quem fez o acordo de delação premiada, e da Procuradoria em Curitiba, origem
das investigações da Lava Jato, e que ficará responsável pelo acordo de
leniência (espécie de delação para empresas).
O grupo espera conseguir tomar os
depoimentos até o dia 19, quando começa o recesso do Judiciário. Só após a
homologação as delações poderão ser utilizadas para abertura de inquéritos ou
na solicitação de medidas cautelares, como busca e apreensão e prisão de
pessoas citadas. Tanto a Justiça em primeira instância, como o Supremo os
trabalhos serão retomados em fevereiro de 2017. O conteúdo das delações já foi
detalhado em anexos pelos executivos.
De acordo com a publicação, o acordo firmado entre o dono da construtora
e a força-tarefa da Polícia Federal determina que ele cumpra os dois primeiros
anos em prisão domiciliar no regime semiaberto. Os dois anos restantes da pena
ele deverá estar em casa nos finais de semana, em regime aberto, usando
tornozeleira eletrônica nesse período. Marcelo Odebrecht, que está preso desde
junho de 2015, em Curitiba, cumprirá uma pena total de 10 anos, na qual deve
permanecer até o final de 2017 na cadeia.
No caso dos executivos, além da
prisão domiciliar, eles terão de pagar uma multa que em alguns casos alcançou
60% do valor dos recebimentos no período das práticas ilícitas. Na leniência
firmada com o MPF, o conglomerado se comprometeu a pagar multa de quase R$ 7
bilhões no prazo de 20 anos. Tomar TV
http://tomartvnews.com/2016/12/09/em-lio-odebrecht-vai-cumprir-4-anos-em-pris-o-domiciliar/
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