Economia
Criado em 06/07/15 16h10
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição:Maria Claudia Fonte:Agência Brasil
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Edição:Maria Claudia Fonte:Agência Brasil
Pelo sexto mês seguido, a
poupança registrou perda de recursos. Segundo dados divulgados hoje (6)
pelo Banco Central, os correntistas retiraram R$ 38,542 bilhões a mais
do que depositaram no primeiro semestre. A caderneta registrou a pior
captação líquida (diferença entre depósitos e retiradas) da história
para o período.
Nos seis primeiros meses do ano, os brasileiros
depositaram R$ 909,632 bilhões na poupança. No entanto, as retiradas
somaram R$ 948,174 bilhões. Apenas em junho, os investidores sacaram R$
6,261 bilhões a mais do que depositaram na poupança, também a pior
captação líquida registrada para o mês. No mês passado, os depósitos
somaram R$ 162,854 bilhões, mas os saques totalizaram R$ 169,114
bilhões.
Nos últimos meses, vários fatores estão provocando a
fuga de recursos da poupança. Em primeiro lugar, a alta da Selic (taxa
básica de juros da economia) tornou a poupança menos atraente que outras
aplicações. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac), a caderneta é vantajosa do que
os fundos de investimento apenas quando as aplicações são inferiores a
seis meses.
A alta da inflação também contribuiu para a perda de
atratividade da poupança. Nos últimos 12 meses, a caderneta rendeu
7,43%, equivalente à Taxa Referencial mais 6,17% ao ano. A inflação pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, no entanto, está em
8,47%, puxada pela alta de preços administrados, como combustíveis e
energia. O aumento dos preços e do endividamento dos consumidores também
diminuem a sobra de recursos a ser aplicada na caderneta.
Editor Maria Claudia
Creative Commons - CC BY 3.0
Nenhum comentário:
Postar um comentário