Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal...
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Em seu clássico “1984”, o escritor inglês George Orwell narrava como seria um futuro distópico, de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo era feito coletivamente, mas cada pessoa vive sozinho.
Dois conceitos propostos por ele se eternizaram como expressão de uma lógica absurda, mas que parece ter se normatizado nos últimos anos. O “duplipensar” era definido como “o poder de manter duas crenças contraditórias na mente ao mesmo tempo, de contar mentiras deliberadas e ao mesmo tempo acreditar genuinamente nelas, e esquecer qualquer fato que tenha se tornado inconveniente”.
Já a “novilíngua” propunha a “condensação” e “remoção” do sentido de palavras e de alguns de seus sentidos, com o objetivo de restringir o escopo do pensamento. Ficava estabelecido pelo seu criador, o “Ministério da Verdade”, declarações como “Paz é Guerra, Ódio é Amor, Liberdade é Escravidão”.
No Brasil, depois de décadas onde o marxismo cultural foi sendo lenta e continuamente instalado, nos deparamos com manifestações de “duplipensar” e “novilíngua” mesmo na igreja.
Apesar de terem acesso à Bíblia, muitos parecem não lembrar que centenas de anos antes o profeta Isaías já alertava sobre isso, quando escreveu sua revelação do Senhor: “Ai daqueles que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que mudam as trevas em luz e a luz em trevas, que tornam doce o que é amargo, e amargo o que é doce!” (Isaías 5:20).
O que temos visto são afirmações contundentes sobre o que é “certo”, mesmo que seja “errado” e vice-versa. Aqui e ali manifestações de grupos minoritários que se autodenominam evangélicos ganharem espaço na mídia para seus ensinamentos como se fossem os representantes de um todo um segmento da sociedade.
Surgem então as “igrejas inclusivas”, onde pecado não é mais pecado. Na lógica da novilíngua, “o errado é certo” e quem reclama disso é “intolerante”, pois diz que “o certo é errado”. Temos assim as “aborteiras cristãs”, as “feministas cristãs” e os “cristãos favoráveis às drogas” e os “cristãos de esquerda”.
Dentro da guerra de narrativas, travada todos os dias neste país, vem sendo recorrente o pensamento de que “Jesus defendia bandido”.
No Natal de 2017, a “Quebrando o Tabu”, página que tem grande influência nas redes sociais, postou uma mensagem de Natal que foi compartilhada mais de 17 mil vezes.
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