Agência Brasil (compartilhamento)
Luís Inácio Lua da Silva |
O ex-presidente teria usado sua influência para favorecer a construtora Odebrecht e recebido propina. O
indiciamento foi feito com base na Operação Janus, deflagrada em maio
deste ano e que investiga contratos relacionados à construtora e pessoas
ligadas ao ex-presidente Lula.
Ontem (4), o Ministério
Público Federal recebeu o relatório final da PF que trata da operação e o
indiciamento. Agora, o documento será analisado pelos procuradores do
MPF. Após a análise, se os procuradores concordem com os argumentos da
PF, poderá ser oferecida denúncia à Justiça contra o ex-presidente. Se
isso ocorrer, a Justiça decidirá se aceita ou não a denúncia.
Instituto Lula
Instituto Lula
Em
nota, o Instituto Lula diz que o ex-presidente sempre agiu dentro da
lei e que suas contas e dos parentes foram investigadas, sem que nenhuma
irregularidade tenha sido encontrada.
“O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem sua vida investigada há 40 anos, teve todas as
suas contas e de seus familiares devassadas, seu sigilo bancário, fiscal
e telefônico quebrado e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Lula
não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e
sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois
mandatos eleitos como presidente da República”, diz a nota.
O
instituto critica que o indiciamento tenha sido informado à imprensa. “A
defesa do ex-presidente irá analisar o documento da Polícia Federal,
vazado para a imprensa e divulgado com sensacionalismo antes do acesso
da defesa, porque essa prática deixa claro que não são processos sérios
de investigação, e sim uma campanha de massacre midiático para produzir
manchetes na imprensa e tentar destruir a imagem do ex-presidente mais
popular da história do país”.
Operação Janus
Na ocasião, o MPF informou, em nota, que a operação
era referente "à investigação que apura se o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva praticou tráfico internacional de influência em favor da
Construtora Odebrecht".
Em maio de 2015, a Procuradoria da
República no Distrito Federal deu início à apuração "se o ex-presidente
recebeu vantagens econômicas indevidas para influenciar agentes públicos
estrangeiros notadamente na República Dominicana, Cuba e Angola, além
de facilitar ou agilizar o trâmite de procedimentos de financiamentos de
interesse das empresas do grupo Odebrecht junto ao Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.
Os procuradores
investigam também suspeitas de irregularidades em outros financiamentos
concedidos pelo banco ao conglomerado Odebrecht para obras no exterior,
inclusive de empréstimos destinados à construção do Porto de Mariel, em
Cuba, do Metrô de Caracas, na Venezuela e algumas obras no Panamá.
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