Em delação, Vinicius Veiga Borin, responsável pela abertura de contas no exterior para a Odebrecht, afirmou que a empreiteira comprou uma filial de um banco estrangeiro no Caribe apenas para proteger suas offshores.
FOLHA PRESS (compartilhamento)
Novo delator da Operação Lava Jato, o administrador Vinicius Veiga
Borin, responsável pela abertura de contas no exterior para a Odebrecht,
afirmou que a empreiteira comprou uma filial de um banco estrangeiro no
Caribe apenas para proteger suas offshores, destinadas ao pagamento de
propina.
O objetivo inicial era preservar contas secretas da empresa, com saldo de pelo menos US$ 15 milhões, num banco de Antígua que estava insolvente, o AOB (Antigua Overseas Bank).
A empreiteira, segundo Borin, chegou a cogitar a possibilidade de comprar parte do AOB, mas desistiu do negócio por considerar que o banco não estava em boa situação financeira.
As informações sobre a delação foram divulgadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Na colaboração, assinada na última sexta-feira (17) e ainda pendente de homologação pelo juiz Sergio Moro, Borin ainda deu o nome de outras 29 contas no exterior que receberam dinheiro da Odebrecht, em repasses que somam US$ 134 milhões -e que agora serão alvo de investigação da força-tarefa.
Entre elas, está a offshore Shellbill, segundo os investigadores, de propriedade do marqueteiro João Santana, responsável por campanhas eleitorais de Lula e Dilma Rousseff, e também preso na Lava Jato.
A conta, segundo o delator, recebeu US$ 16 milhões oriundos de três offshores da Odebrecht.
Procurada, a Odebrecht informou que não iria comentar o depoimento do delator. A defesa de Santana informou que só irá se posicionar sobre o caso nos autos.
OPERAÇÃO
A compra foi feita em 2010. Segundo o delator, foram adquiridos 51% da filial do banco austríaco Meinl Bank em Antígua, por cerca de US$ 4 milhões.
As contas da Odebrecht foram, então, transferidas do AOB para a nova instituição bancária. Elas foram encerradas posteriormente, entre 2013 e 2015 -a maioria, após a deflagração da Operação Lava Jato.
O negócio, segundo Borin, foi realizado por ele e mais seis pessoas que atuavam em nome da Odebrecht -entre elas Olívio Rodrigues Júnior, Luiz Eduardo Soares e Fernando Migliaccio da Silva, todos presos em fases anteriores da Lava Jato.
O delator ainda deu detalhes sobre o sistema paralelo de contabilidade criado pela Odebrecht para administrar o pagamento de propinas, alvo da 26ª fase da Lava Jato.
Borin afirmou que repassava, pelo sistema, extratos diários da movimentação das offshores da empreiteira. Seu codinome era "Feeling", depois, alterado para "Mustang".
Executivos da Odebrecht negociam acordo de colaboração premiada com a Lava Jato.
O objetivo inicial era preservar contas secretas da empresa, com saldo de pelo menos US$ 15 milhões, num banco de Antígua que estava insolvente, o AOB (Antigua Overseas Bank).
A empreiteira, segundo Borin, chegou a cogitar a possibilidade de comprar parte do AOB, mas desistiu do negócio por considerar que o banco não estava em boa situação financeira.
As informações sobre a delação foram divulgadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
Na colaboração, assinada na última sexta-feira (17) e ainda pendente de homologação pelo juiz Sergio Moro, Borin ainda deu o nome de outras 29 contas no exterior que receberam dinheiro da Odebrecht, em repasses que somam US$ 134 milhões -e que agora serão alvo de investigação da força-tarefa.
Entre elas, está a offshore Shellbill, segundo os investigadores, de propriedade do marqueteiro João Santana, responsável por campanhas eleitorais de Lula e Dilma Rousseff, e também preso na Lava Jato.
A conta, segundo o delator, recebeu US$ 16 milhões oriundos de três offshores da Odebrecht.
Procurada, a Odebrecht informou que não iria comentar o depoimento do delator. A defesa de Santana informou que só irá se posicionar sobre o caso nos autos.
OPERAÇÃO
A compra foi feita em 2010. Segundo o delator, foram adquiridos 51% da filial do banco austríaco Meinl Bank em Antígua, por cerca de US$ 4 milhões.
As contas da Odebrecht foram, então, transferidas do AOB para a nova instituição bancária. Elas foram encerradas posteriormente, entre 2013 e 2015 -a maioria, após a deflagração da Operação Lava Jato.
O negócio, segundo Borin, foi realizado por ele e mais seis pessoas que atuavam em nome da Odebrecht -entre elas Olívio Rodrigues Júnior, Luiz Eduardo Soares e Fernando Migliaccio da Silva, todos presos em fases anteriores da Lava Jato.
O delator ainda deu detalhes sobre o sistema paralelo de contabilidade criado pela Odebrecht para administrar o pagamento de propinas, alvo da 26ª fase da Lava Jato.
Borin afirmou que repassava, pelo sistema, extratos diários da movimentação das offshores da empreiteira. Seu codinome era "Feeling", depois, alterado para "Mustang".
Executivos da Odebrecht negociam acordo de colaboração premiada com a Lava Jato.
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