O presidente interino Michel Temer e o dir.-geral da OMC, Roberto Azevêdo |
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto
Azevêdo, afirmou hoje (13), após audiência com o presidente interino,
Michel Temer, que a organização está à disposição do governo brasileiro
para ajudar, no que for possível, na recuperação do crescimento
econômico do país. Para Azevêdo, a retomada do crescimento não será um
processo imediato, que vá ocorrer “da noite para o dia”.
Azevêdo
disse que também colocou Temer a par das negociações no âmbito da OMC.
“Vim, mais uma vez, aprofundar o diálogo entre o governo brasileiro e a
OMC, que continua sempre interessada em avançar no diálogo com o Brasil e
facilitar a inserção do país no comércio internacional”, disse Azevêdo
em entrevista no Palácio do Planalto.
Questionado sobre a atual
situação do país, o diretor-geral da OMC respondeu que esse é um momento
de “turbulência” e “recessão” para o país. “Não é um momento fácil para
o país. É um momento de turbulência em todas as áreas, na área
econômica, em particular. A recessão não é pequena, não é uma coisa de
que se possa ignorar a profundidade, a importância. Mas acho que ninguém
no Brasil, muito menos no governo, ignora essa situação e estão todos
trabalhando para reverter isso no mais curto prazo possível.”
José Serra
Roberto
Azevêdo negou que haja discrepâncias entre suas posições como
diretor-geral da OMC e as do ministro das Relações Exteriores, José
Serra, ao ser questionado sobre trechos do discurso de posse do
chanceler que foram interpretados por alguns como críticas à
organização. Azevêdo disse não ter visto críticas à OMC na fala de
Serra.
O diretor da OMC se disse "perplexo" com notícias sinalizando que ele e Serra estariam em oposição. "Nem eu, nem ele entendemos isso, porque falamos exatamente a mesma coisa: que o Brasil tem que procurar avançar no comércio internacional, em abertura de mercados, em qualquer via que permita que isso aconteça.”
O diretor da OMC se disse "perplexo" com notícias sinalizando que ele e Serra estariam em oposição. "Nem eu, nem ele entendemos isso, porque falamos exatamente a mesma coisa: que o Brasil tem que procurar avançar no comércio internacional, em abertura de mercados, em qualquer via que permita que isso aconteça.”
E
completou “É muito importante que fique claro que não tem nenhuma
discrepância de visão entre o diretor-geral [da OMC] e o ministro de
Estado das Relações Exteriores. Estamos perfeitamente afinados e amanhã
até vamos conversar.”
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