Idolatria, consumismo e
alienação.
Por: Mendes Junior
O Patriota!
Após a
morte do cantor Cristiano Araújo, é excessiva a abordagem
que a mídia tem feito da sua imagem. Após o seu falecimento, embora
este possuísse o seu ciclo ou universo de fãs, o que se viu quando
da ocorrência do acidente e da trágica notícia do seu falecimento,
fora que o Brasil ficou surpreso e curioso em saber quem era este
artista, o qual, estava sendo veiculada a notícia de falecimento,
até então desconhecido pelo grande público brasileiro, essa é a
grande verdade; e que se pode perceber, principalmente no universo
das redes sociais, no período da ênfase que foi dada pela mídia
televisiva de todo país em torno da morte de C A.
No primeiro momento, o grande o
questionamento de milhões de internautas, e inclusive grande parte
destes, eram jovens; - querendo saber o seguinte: " quem era o
Cristiano Araújo? Quem é esse cara? Você conhecia ele? Que música
ele cantava ou qual a sua mais música famosa ou de sucesso? - E a resposta
que se via na grande maioria das mensagens nas redes sociais era: Não! - Não sei quem era; Não conheço! Ou de nunca ter visto falar!".
Só, que
após a morte do artista, ele ficou tão mais famoso em território
nacional, até mais que quando era vivo, pois a mídia constantemente
tem evidenciado, tanto a tragédia, assim como ao seu trabalho em sua breve carreira, numa
superprodução midiática, como foi possível observar
principalmente no último final de semana, onde duas grandes
emissoras do país, que lideram o ranking de audiência no horário
nobre dos domingos: Globo e Record, pois ambas exploraram a figura do
artista para exibir a sua história, não apenas ontem, após ter
completado um ano do seu falecimento, mas, em varias outras exibições
ao logo desse primeiro espaço de tempo, e isso, de uma maneira tão
incisiva, que chega a ser até desgastante, pois, deixa transparecer
uma forçação de barra, principalmente para o grande público que
não o conhecia, pois a mídia numa espécie de tentativa de
"ressuscitar" o artista, exagera na dose. - Aí nos vem a
mente o que diz o provérbio popular: Será que nem depois de morto,
o falecido pode ter sossego? - Deixa o rapaz descansar em paz!
Outra
questão que se percebe claramente em meio a essa grande exibição,
é que a mídia trabalha para associar o sucesso do falecido à
imagem do irmão, que também, tenta deslanchar uma carreira no
grande mercado fonográfico, pois, há por trás dos bastidores, todo
um trabalho conjunto de empresários do ramo musical e da mídia para manter vivo o consumismo dos fãs, essa é uma estratégica peculiar e pontual da grande indústria cultural ou do grande sistema capitalista, que é manter vivo a imagem do ídolo na memória dos fãs, como forma de estimular o consumo de produtos advindos dele e que remetem a ele, cujo, o grande objetivo é o lucro.
Agora, na tentativa para promover o irmão aspirante de pop star, a mídia pode acabar desgastando a sua imagem, pois, o
público pode ver isso de maneira negativa e associar à imagem dele, a de um
aproveitador, caroneiro ou coisa assim. Portanto, é necessário
bastante cautela com esse tipo de promoção, para não se "queimar"
ou ser "queimado".
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