segunda-feira, 27 de junho de 2016

O exagero da mídia na tentaiva de "ressuscitar" o artista morto.

Idolatria, consumismo e alienação.

Por: Mendes Junior
O Patriota!

Após a morte do cantor Cristiano Araújo, é excessiva a abordagem que a mídia tem feito da sua imagem. Após o seu falecimento, embora este possuísse o seu ciclo ou universo de fãs, o que se viu quando da ocorrência do acidente e da trágica notícia do seu falecimento, fora que o Brasil ficou surpreso e curioso em saber quem era este artista, o qual, estava sendo veiculada a notícia de falecimento, até então desconhecido pelo grande público brasileiro, essa é a grande verdade; e que se pode perceber, principalmente no universo das redes sociais, no período da ênfase que foi dada pela mídia televisiva de todo país em torno da morte de C A.

No primeiro momento, o grande o questionamento de milhões de internautas, e inclusive grande parte destes, eram jovens; - querendo saber o seguinte: " quem era o Cristiano Araújo? Quem é esse cara? Você conhecia ele? Que música ele cantava ou qual a sua mais música famosa ou de sucesso? - E a resposta que se via na grande maioria das mensagens nas redes sociais era: Não! - Não sei quem era; Não conheço! Ou de nunca ter visto falar!".

Só, que após a morte do artista, ele ficou tão mais famoso em território nacional, até mais que quando era vivo, pois a mídia constantemente tem evidenciado, tanto a tragédia, assim como ao seu trabalho em sua breve carreira, numa superprodução midiática, como foi possível observar principalmente no último final de semana, onde duas grandes emissoras do país, que lideram o ranking de audiência no horário nobre dos domingos: Globo e Record, pois ambas exploraram a figura do artista para exibir a sua história, não apenas ontem, após ter completado um ano do seu falecimento, mas, em varias outras exibições ao logo desse primeiro espaço de tempo, e isso, de uma maneira tão incisiva, que chega a ser até desgastante, pois, deixa transparecer uma forçação de barra, principalmente para o grande público que não o conhecia, pois a mídia numa espécie de tentativa de "ressuscitar" o artista, exagera na dose. - Aí nos vem a mente o que diz o provérbio popular: Será que nem depois de morto, o falecido pode ter sossego? - Deixa o rapaz descansar em paz!

Outra questão que se percebe claramente em meio a essa grande exibição, é que a mídia trabalha para associar o sucesso do falecido à imagem do irmão, que também, tenta deslanchar uma carreira no grande mercado fonográfico, pois, há por trás dos bastidores, todo um trabalho conjunto de empresários do ramo musical e da mídia para manter vivo o consumismo dos fãs, essa é uma estratégica peculiar e pontual da grande indústria cultural ou do grande sistema capitalista, que é manter vivo a imagem do ídolo na memória dos fãs, como forma de estimular o consumo de produtos advindos dele e que remetem a ele, cujo, o grande objetivo é o lucro.  

Agora, na tentativa para promover o irmão aspirante de pop star, a mídia pode acabar desgastando a sua imagem, pois, o público pode ver isso de maneira negativa e associar à imagem dele, a de um aproveitador, caroneiro ou coisa assim. Portanto, é necessário bastante cautela com esse tipo de promoção, para não se "queimar" ou ser "queimado".


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