segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

RICARDO BOECHAT, O JORNALISMO DE ESSÊNCIA PERDE UM DOS SEUS MAIS AUTÊNTICOS REPRESENTANTES.

Ricardo Boechat cumpriu seu papel profissional como poucos e deixa uma lacuna e perda irreparável aos 66 anos.
Jornalista, Ricardo Boechat

Por: Mendes Junior
O Patriota!                                editar



A imprensa nacional perde um dos seus mais autênticos e capazes profissionais, - digamos que dentro do universo daquilo que chamamos de a grande imprensa  tradicional, a das grandes redes de TV aberta em nosso país, sem dúvida Ricardo Boechat era o âncora mais insento de influências externas no desenvolvimento do seu trabalho.
Um comunicador  de personalidade e postura de destaque no ofício da comunicação, alguém, cuja a voz reverberava e causava grande impacto pela contundência dos seus comentários, que denunciavam a disparidade social, econômica, a  disparidade da Lei e da Justiça em face dos cidadãos, que sempre dá um tratamento diferente; - se o infrator rico, penas sempre brandas ou sem pena alguma; por outro lado, se pobre o infrator, o castigo sempre mais severo.

Um profissional, cuja a imagem era de uma expressividade que se sobressaía mais que o próprio veículo ou rede que ele representava. Um comunicador por essência e excelência - direto, implacável e contundente nos seus comentários, sempre muito verdadeiro, sempre muito claro, se expressava com uma coragem rara, incomum ao seu meio; mantinha  na bancada do telejornal, uma postura muito atípica dos âncoras das grandes emissoras,  não temia nomes ou as posições daqueles estavam na sua linha de "tiro" não titubeava ao fixar e calibrar os seus olhos brilhantes diante das câmeras para disparar, mandar o seu recado, falar o que pensava.

Com o seu trabalho, Boechat representava uma especie de jornalista em extinção nos grandes veículos de imprensa do país, por sua ética e franqueza;. - carregava consigo antes de tudo o caráter humanista, fazia questão sempre de evidenciar no seu trabalho, o servir ao cidadão, pois, essa é uma das mais nobres funções de um jornalista por essência - e, do jornalismo balizado na verdade dos acontecimentos;  pois, a prática do bom jornalismo tem como principal missão, servir ao ser humano, algo que é tão fundamental, quanto a água é para a vida. 

Ninguém é perfeito!
Boechat, por algumas vezes cometeu seus deslizes em relação a uma, ou outra questão, mas, algo absolutamente normal, dentro do universo da imperfeição humana, pois, não há ser humano perfeito entre nós; seria até um absurdo esperar ou exigir essa estatística de 100% de qualquer mortal ou profissional, porém, na maioria das vezes ele fez o certo, dentro daquilo que é essencial e inegociável na prática jornalística, que é a busca da verdade, e conduzir a informação fidedigna à verdade dos fatos. -Por esses posicionamentos bem definidos, como um porta voz da sociedade - conquistou um lugar de admiração e respeito do público que o assistia, o ouvia e o lia em todo o Brasil. 

Boechat era sem duvida, o maior âncora  do jornalismo de radio e, da TV brasileira em nossos dias, onde temos uma imprensa descredibilizada, tendenciosa e altamente influenciada por interesses alheios a sociedade e principalmente à verdade; onde muitos ditos profissionais adotaram uma postura de total subserviência, a grupos políticos, empresárias e ideológicos, os quais se contrapõe a verdade e a lógica dos acontecimentos que envolvem a vida social.
A nós, que somos mais críticos e argumentativos, não só como jornalista, mas como cidadãos, vemos a trágica realidade dos nossos âncoras, que se assentam nas bancadas das grandes emissoras, porém, sem nenhuma liberdade de opinar com verdade a respeito de questão que são fundamentais e que afetam diretamente a vida  social; são "profissionais" que estão sob o rígido controle dos seus empregadores, impedidos de formar e expressar sua opinião; - A opinião, que é um fundamentos e essência do jornalismo.pois, jornalismo sem opinião, é qualquer coisa, menos jornalismo.
Veja e ouça um pouco de Boechat:

Ricardo Boechat cumpriu seu papel profissional como poucos e deixa uma lacuna e perda irreparável  na sua área de atuação,  sem dúvida, ele deixa um vácuo em uma imprensa nacional extremamente carente e pobre de profissionais de tamanha competência e ética profissional - era querido e admirado, mas também, era odiado por muitos figurões especificamente da classe política nacional, de quem era crítico ferrenho - gente de grande poder de barganha -os algozes da nossa sociedade..

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