Folha Política
Sob pressão política, o governo Dilma decidiu manter o adiantamento de metade do 13° salário aos aposentados e pensionistas, pagamento que havia sido suspenso pelo Ministério da Fazenda sob o argumento de falta de fluxo de caixa para bancar a despesa.
Sob pressão política, o governo Dilma decidiu manter o adiantamento de metade do 13° salário aos aposentados e pensionistas, pagamento que havia sido suspenso pelo Ministério da Fazenda sob o argumento de falta de fluxo de caixa para bancar a despesa.
A data e a
forma como se dará o adiantamento serão definidas nesta quarta-feira
(19) em reunião da presidente com sua equipe econômica. A Fazenda não
incluiu na folha de pagamento de agosto, que é paga entre o final deste
mês e o início de setembro, o adiantamento de metade do 13º.
Leia também:
Diante da falta
de recursos em caixa, a equipe de Joaquim Levy argumentou que a
antecipação não é obrigatória e postergou o gasto para dezembro. A lei
prevê o pagamento no último mês do ano, mas há nove anos o governo
federal vinha permitindo o repasse de metade do valor na folha de
agosto.
O pagamento de
metade do 13º salário da folha da Previdência representa um gasto de R$
15,8 bilhões, que terá de ser feito de qualquer forma neste ano.
Portanto o impacto fiscal, no ano, é o mesmo, independentemente da data
de pagamento.
FOLHA EXTRA
Nesta quarta, a
presidente vai analisar algumas alternativas. Entre elas, fazer uma
folha extra para que o pagamento saia no final deste mês e início do
próximo.
Há, ainda a
possibilidade, mais viável, de que a antecipação da metade do benefício
ocorra na folha de setembro, paga até o início de outubro.
Uma outra alternativa é parcelar o pagamento entre setembro e dezembro para diluir o impacto fiscal.
Segundo a Folha
apurou, o governo foi informado de que o Congresso ameaçava aprovar uma
norma obrigando o Palácio do Planalto a antecipar a despesa.
Dessa forma, o
governo assumiria o desgaste de não autorizar o adiantamento e ainda ser
forçado a fazê-lo por intervenção do Legislativo.
Outro foco de pressão veio do PT, partido da presidente, pelo "custo social" da medida.
Entre os
argumentos da sigla está o fato de os beneficiários não terem sido
avisados com "antecedência razoável" de que não receberiam o dinheiro
agora. Na avaliação de petistas, "milhares de pessoas" já haviam
contraído dívidas contando com o dinheiro.
No fim de
semana, monitoramento feito pelo Executivo nas redes sociais mostrou uma
forte reação contra a presidente da República diante dos rumores de que
o adiantamento não ocorreria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário