quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Na Fiema, empresários e gestores públicos discutem resíduos sólidos

Fiema Entidade empresarial tem agora um ponto de coleta de resíduos eletroeletrônicos, que terão destinação correta, seguindo o princípio da logística reversa. A Casa da Indústria Albano Franco, sede da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), se tornou um dos pontos de coleta de produtos eletrônicos descartados, que antes iriam parar no lixo comum. A instalação deste ponto de recolhimento é resultado do termo de parceria assinado pelo presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, pelo presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da entidade empresarial, Benedito Bezerra Mendes e o gestor ambiental responsável pela empresa Maranhão Recycle, Anderson Ferreira. Pelo termo de parceria, poderão ser entregues no ponto de coleta da Fiema resíduos eletrônicos como TVs, computadores, telefones celulares, sistemas de áudio e vídeo, entre outros, não mais utilizados e que demorariam décadas no meio ambiente, causando impactos negativos se fossem jogados nos lixões. A empresa Maranhão Recycle ficará responsável por dar o destino correto aos resíduos eletrônicos. Para o presidente da Fiema, Edilson Baldez, a Federação tem a função de articular os atores interessados no desenvolvimento do Maranhão para discussão dos assuntos que envolvam o setor industrial. “A questão dos resíduos sólidos é um tema novo na agenda brasileira, portanto, ainda há muito conteúdo a ser conversado entre nós, inciativa privada, poder público e organizações, e a Fiema está de portas abertas para a criação desses fóruns”, frisou o presidente Baldez. Para o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente da Fiema essa é uma forma que a entidade empresarial encontrou para promover atitudes concretas na destinação dos resíduos sólidos. “Essa assinatura é uma forma de sensibilizar os empresários quanto à questão dos resíduos sólidos e a destinação correta do lixo que é gerado pelas empresas. Essa é uma responsabilidade de todos nós e a Fiema está atenta, por meio deste Conselho Temático, a todas as questões relativas ao meio ambiente e que sejam de interesse da indústria maranhense”, afirmou Mendes. De acordo com o gestor da Maranhão Recycle, Anderson Ferreira, todo tipo de equipamento elétrico e eletrônico que foi ou pode ser descartado é considerado resíduo eletroeletrônico. “A nossa empresa já faz esse trabalho aqui no Maranhão, recolhendo o produto, separando, distribuindo e dando a ele um destino final, utilizando o princípio da logística reversa. Esses produtos terão seus componentes separados, que serão reutilizados de alguma forma”, explicou Ferreira. Resíduos Antes da assinatura, empresários, gestores públicos e membros que participaram da reunião especial do Conselho Temático de Meio Ambiente debateram aspectos importantes no preparo das empresas para gerenciar seus resíduos sólidos, conforme o que ficou estabelecido pela Lei 12.305/2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei diz que os municípios que não construírem e executarem seus planos de gerenciamento de resíduos serão enquadrados como crimes ambientais e também prevê a construção de planos de gerenciamento de resíduos pelas empresas brasileiras. O prazo estabelecido na Política para a substituição dos lixões por aterros sanitários era agosto deste ano. A ampliação desse prazo pedida na justiça pelos municípios chegou a ser aprovada no Congresso Nacional, mas foi vetada no mês passado pela presidência da República. Isto é, agora os municípios precisam correr atrás do tempo perdido e agilizar a construção de seus planos. Essa explicação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes), Carlos Rogério Araújo, na reunião especial na Fiema, onde abordou vários aspectos dos avanços e desafios da Política de Resíduos Sólidos. A palestra seguinte foi do coordenador de Recursos Ambientais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Luiz Jorge Dias, que falou da “Responsabilidade Compartilhada no Gerenciamento dos Resíduos Sólidos”, seguido da superintendente de Resíduos Tóxicos e Perigosos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Liene Pereira, que ministrou a terceira exposição, com orientações aos empresários para colocar o plano de gerenciamento em prática. Na ocasião, também foi apresentado um case de sucesso da Fonmart (soluções em tecnologia), que já faz o gerenciamento e destinação correta dos resíduos sólidos gerados em seu processo produtivo, além de ter projetos para aproveitamento de água da chuva e energia solar para consumo próprio. A exposição foi apresentada pelo diretor da empresa, Darci Fontes Junior. Participou ainda da reunião, o microempresário maranhense, Jorge Cláudio, que reutiliza pneus velhos para produção de móveis como cadeiras, poltronas e sofás.

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