quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Um boxer de "ouro", Robson Conceição.

"As incríveis histórias de superação dos atletas mais humildes do Brasil, os sem apoio, desassistidos e desprestigiados fazem mais e vão além, superando as limitações da vida - e àqueles mais bem patrocinados e paparicados da mídia"

Por: Mendes Junior
O Patriota! 

A olimpíada no Brasil tem mostrado ao país e sociedade, que os atletas menos prestigiadas pelo comitê olímpico brasileiro e pelas federações e secretarias de esportes dos seus estados e pelo próprio ministério dos esportes, sem os holofotes da grande mídia, e ainda, com as histórias de vida mais difíceis: sofrimento, abandono, falta de apoio e patrocínio - são eles que têm alcançado as maiores glórias e chegado ao ponto mais alto do Olimpo;  e alegrado a torcida brasileira, têm dado um alento a um povo tão sofrido, massacrado e desrespeitado pelos seus governantes. Ontem, a história não foi diferente com o baiano Robson Conceição, que treina em uma academia de equipamentos improvisados e ultrapassados, e com a mínima estrutura possível, chega a ser absurdamente vergonhoso - o que demonstra o total desrespeito dos nossos governantes para com o desporto nacional.

Os atletas do boxe e próprio boxe brasileiro é talvez um dos esportes mais desassistidos e carentes de apoio e patrocínio, os grandes nomes que surgiram de lá, e tudo que conquistaram, conquistaram muito mais pelo que fizeram pelo Brasil, e não, porque o Brasil tenha feito algo de significativo para ajudá-los. Robson vem da escola baiana de boxe - o estado é um celeiro de bons e grandes lutadores como, Reginaldo Holyfield e Acelino Popó Freitas, o mais vencedor deles e mundialmente conhecido detentor de quatro títulos mundiais.

No Brasil, não há um comprometimento das nossas autoridades em fazer um trabalho sério, digno e de valorização ao esporte; - infelizmente essa é realidade. Os poucos que conseguem algum apoio e êxito contam com a sorte; – e aqueles que privilegiados com os maiores apoios, são os que tem alguma ligação, uma relação mais próxima a alguém que é amigo do amigo ou filho do amigo, que é ligado ou conhecido de alguém em alguma secretaria, comitê ou  ministério. Observa-se que os atletas e as equipes da delegação brasileira mais assistidos por esse tipo de prática acima citada, e nos quais, os holofotes da mídia são direcionados e os super evidenciam, fazem uma supervalorização, acabam decepcionando; - e os resultados daqueles que têm conquistado o ouro, parece dar uma punição aos privilegiados e a seus (privilegiadores), como que, mandado um recado – nós também existimos, também precisamos de apoio, e até sem devido apoio, fomos e somos capazes de conquistar.

É condição indispensável evidenciar aqui, que há muitos outros Robson`s, Tihago`s, Rafaela`s em muitos outros esportes espalhados pelo Brasil - esperando serem vistos e apoiados. São atletas talentosos e potenciais medalhistas que persistem em treinar - sem luvas, sem sapatilhas, sem varas, sem quimonos, sem chuteiras, sem pistas, sem piscinas, sem quadras, sem academias, sem nutricionistas, fisioterapeutas, preparadores físicos, psicólogos - e por aí vai. Mas, essa situação vexatória pode ser mudada, e pode ser iniciada em cada um dos estados do Brasil, na pessoa de cada governante, que indique e nomeie secretários comprometidos com pessoas, com a sociedade - e que de fato, amem o esporte e/ou sejam do esporte.

O que vimos nas olimpíadas do Rio, com todo respeito ao atleta que é Michael Phelps; - é que a imprensa brasileira resolveu pegar carona em cima dos feitos e da glória do nadador americano, uma bajulação declarada e até excessiva, sobram elogios a ele, mas faltaram críticas contundentes e devidas aos governantes brasileiros pela falta de apoio e investimento, por falta de um política seria em relação ao desporto – e não só no desporto, mas em todas as áreas que dizem respeito aos direitos essenciais do cidadão e da sociedade brasileira como um todo, os quais estão muito a quem de serem respeitados, coisa que acontece nos Estados Unidos.

Quero dizer que o Michael Phelps é um mérito dos Estados Unidos, dos americanos, eles colhem o que plantam, investem nos seus talentos, lá eles tem a cultura de caçar talentos. Lá, quem é bom no que faz não precisa pedir esmola e ficar batendo nas portas de secretarias, repartições do estado e/ou empresas para mendigar apoio. Lá, eles não são tratados como alguém sem futuro; - e por isso, que o cidadão norte-americano é respeitado no mundo pelo que faz em todas as áreas, do esporte aos negócios, do entretenimento ao trabalho; não é à toa ou por acaso que eles são potencia mundial.

Um bom começo para os dirigentes e governantes brasileiros, é tomar como exemplo, os Estados Unidos. -A lição foi dada por apenas um deles em "nossa casa", o qual, sozinho já acumula mais medalhas de ouro que o nosso país.





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